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A amamentação é um dos momentos mais importantes da maternidade — um gesto de afeto que nutre, protege e cria vínculo entre mãe e bebê.
Nos primeiros dias, porém, é comum surgirem alguns desafios:
gases,
barriguinha dura e
choro após as mamadas são sinais de que o sistema digestório do recém-nascido ainda está em amadurecimento.
A boa notícia é que pequenos ajustes na pega, na posição para mamar e na rotina de cuidados podem aliviar o desconforto e tornar o processo mais tranquilo.
Neste guia, reunimos orientações práticas e atualizadas para ajudar você a viver uma amamentação mais leve e prazerosa, favorecendo a digestão do bebê e fortalecendo esse laço tão especial desde os primeiros dias de vida.
Por que insistimos tanto na amamentação?
O leite materno é alimento e proteção. Rico em nutrientes essenciais, anticorpos e fatores bioativos, fortalece o sistema imunológico e favorece o crescimento saudável do bebê.
Para a mãe, o aleitamento contribui para a recuperação pós-parto, auxilia na regressão uterina, ajuda a prevenir doenças e reforça o vínculo afetivo com o bebê.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomendam o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses, sendo mantido com alimentação complementar até 2 anos ou mais.
Por que o bebê tem gases?
Nos primeiros meses, o bebê ainda se adapta à vida fora do útero. O sistema digestório imaturo está aprendendo a coordenar sucção, deglutição e respiração.
Durante a mamada, ele pode engolir ar, especialmente se a pega não estiver correta ou se o fluxo da mamadeira for muito rápido — o que favorece o acúmulo de gases e a barriguinha distendida.
Nem todo choro é cólica: muitas vezes, o bebê apenas precisa arrotar ou movimentar o corpo para liberar o ar. Observar seus sinais e ajustar a rotina ajuda a reduzir o desconforto e torna a amamentação mais tranquila.
Pega correta: o começo de tudo
Uma pega correta é fundamental para o sucesso da amamentação. Ela reduz a entrada de ar, melhora a transferência de leite e previne fissuras nos mamilos.
Observe:
- Barriga com barriga: o bebê deve ficar bem próximo da mãe, com cabeça, pescoço e tronco alinhados;
- Boca bem aberta: lábios virados para fora, queixo encostado na mama e mais aréola visível acima do que abaixo;
- Sucção eficaz: ritmo constante, sem estalos e sem perder o peito.
Sinais de pega incorreta incluem dor nos mamilos, bochechas encovadas — quando as laterais do rosto do bebê afundam durante a sucção — e vazamento de leite pelos cantos da boca.
Pequenos ajustes de posição geralmente resolvem o problema, e o acompanhamento de um pediatra pode fazer toda a diferença para garantir conforto e boa nutrição durante a amamentação.
Melhores posições para amamentar e reduzir gases
Cada mãe e bebê encontram sua forma ideal de amamentar, mas algumas posições favorecem a digestão e reduzem a entrada de ar:
- Tradicional: o bebê repousa no antebraço, com o corpo alinhado;
- Cruzada (cross-cradle): dá mais controle da cabeça e facilita corrigir a pega;
- Deitada lateral: ótima para o descanso noturno, desde que o bebê permaneça alinhado;
- Cavalinho: indicada para bebês com refluxo fisiológico, mantendo o tronco levemente ereto.
Use travesseiros de apoio para aliviar os ombros e o pescoço. O conforto da mãe também contribui para uma amamentação mais eficaz.
Estratégias simples para evitar gases no bebê
Pequenos cuidados durante e após a mamada fazem grande diferença:
- Respeite o ritmo: se a sucção estiver muito intensa, faça breves pausas;
- Arrote o bebê: tente sempre no meio e ao final da mamada. Três posições ajudam:
- No ombro, com tapinhas leves nas costas;
- Sentado no colo, apoiando o queixo e o peito;
- De bruços no antebraço, com a cabeça de lado e sob supervisão.
- Evite deitar logo após mamar: mantenha o bebê ereto por 15 a 20 minutos;
- Prefira mamadas menores e mais frequentes: ajudam a reduzir a pressão no estômago e as regurgitações;
- Crie um ambiente calmo: menos estímulos favorecem uma sucção mais tranquila;
- Se usar mamadeira, escolha modelos anticólica e bicos com fluxo adequado à idade;
- Massagens ajudam: faça movimentos circulares na barriguinha (no sentido horário) e a bicicletinha com as perninhas para estimular a eliminação dos gases.
O que é esperado — e o que acende alerta
É normal que o bebê tenha pequenas golfadas, soluços e um pouco de irritação passageira, desde que mantenha bom ganho de peso.
Procure avaliação médica se houver vômitos em jato, recusa alimentar, perda de peso, choro intenso e persistente, tosse, chiado ou sono muito agitado. Esses sinais podem indicar refluxo patológico ou outras condições que exigem acompanhamento.
Como o pediatra pode ajudar
O pediatra analisa a pega, o posicionamento, o ganho de peso e o ritmo das mamadas, observando também sinais de refluxo, alergias ou intolerâncias alimentares.
Na maioria dos casos, ajustes simples resolvem o problema. Quando necessário, o médico pode indicar fórmulas específicas, orientar sobre ordenha e oferta do leite ou solicitar exames complementares.
O uso de medicamentos é restrito a situações específicas e sempre por tempo determinado.
Quando tudo tende a melhorar
Com o passar das semanas, o bebê ganha força muscular, a sucção se torna mais eficiente e a microbiota intestinal se equilibra, o que melhora naturalmente a digestão.
Entre 2 e 4 meses, é comum que os gases e regurgitações atinjam o pico, mas, a partir desse período, costumam diminuir de forma gradual.
Perguntas frequentes (FAQ)
O que ajuda a evitar gases no bebê?
Os gases são comuns nos primeiros meses devido ao sistema digestório ainda imaturo. Para preveni-los, mantenha uma pega correta, faça pausas para o arroto durante e após as mamadas e evite deitar o bebê logo depois de mamar.
Também ajudam mamadas mais curtas e frequentes, um ambiente calmo e, se houver uso de mamadeira, prefira modelos anticólica com bico de fluxo adequado à idade. Massagens suaves na barriguinha e o movimento de bicicleta com as perninhas aliviam o desconforto e facilitam a liberação dos gases.
Quais são as posições adequadas para amamentar e reduzir gases?
As melhores posições são as que mantêm o corpo do bebê alinhado e favorecem uma sucção eficiente:
- Tradicional: o bebê fica apoiado no antebraço da mãe;
- Cruzada (cross-cradle): dá mais controle da cabeça e facilita a correção da pega;
- Deitada lateral: ideal para o descanso noturno, desde que o bebê permaneça alinhado;
- Cavalinho: indicada para bebês com refluxo fisiológico, mantendo o tronco levemente ereto.
O essencial é que mãe e bebê estejam confortáveis, pois isso favorece a sucção correta e reduz a entrada de ar durante a mamada.
Como identificar sinais de desconforto por gases?
O bebê pode demonstrar desconforto de várias formas. Observe se ele:
- Chora de forma intensa após as mamadas;
- Encolhe as pernas em direção à barriga;
- Fica com a barriguinha endurecida;
- Faz caretas ou se contorce;
- Solta gases com esforço e apresenta alívio em seguida.
Esses sinais costumam indicar acúmulo de ar no intestino. No entanto, se houver vômitos em jato, febre, sangue nas fezes ou recusa alimentar, procure o pediatra para uma avaliação.
Quer um plano de amamentação personalizado?
Agende sua consulta no Eludicar Centro Materno-Infantil e receba acompanhamento individualizado para cuidar do seu bebê com segurança, conforto e carinho.
Eludicar Centro Materno-Infantil
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