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Sinais que indicam a necessidade de avaliação médica para refluxo
17 de novembro de 2025
Sinais que indicam a necessidade de avaliação médica para refluxo

O refluxo em bebês é comum nos primeiros meses de vida e, na maioria das vezes, é fisiológico e passageiro.

Ele ocorre porque o sistema digestório ainda está em desenvolvimento, o que torna natural o surgimento de pequenas regurgitações após as mamadas.

Embora seja algo esperado, é importante observar o pequeno com atenção. Alguns sinais de alerta podem indicar a doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) ou outras condições que exigem avaliação pediátrica.

A seguir, veja quando o refluxo é considerado normal, quando buscar o pediatra e quais cuidados simples ajudam a aliviar o desconforto do bebê com segurança e tranquilidade.


O que é refluxo em bebê

Chamamos de refluxo em recém-nascido o retorno do leite do estômago para o esôfago. Isso acontece porque o esfíncter esofágico inferior, uma válvula que controla essa passagem, ainda está em fase de amadurecimento nos primeiros meses.

Por isso, é normal que o bebê golfe pequenas quantidades de leite após mamar — especialmente quando ingere grandes volumes ou é colocado deitado logo em seguida.

Esse tipo de refluxo fisiológico é leve, não provoca dor, não afeta a alimentação nem o ganho de peso, e tende a desaparecer gradualmente à medida que o sistema digestório se desenvolve.


Sintomas mais comuns

O refluxo fisiológico se manifesta com golfadas ocasionais, soluços e leve desconforto passageiro. O bebê continua mamando bem, dorme normalmente e cresce dentro do esperado.

Por outro lado, sintomas como vômitos em jato, choro persistente após as mamadas, tosse, engasgos frequentes ou recusa alimentar merecem atenção especial. Esses sinais podem indicar irritação do esôfago pelo contato repetido com o conteúdo gástrico.


O que causa refluxo em recém-nascido

A principal causa é a imaturidade do sistema digestório, mas outros fatores podem contribuir:

  • Mamadas em volume excessivo ou muito rápidas;

  • Deitar o bebê logo após mamar;

  • Roupas apertadas na barriga;

  • Pega incorreta na amamentação, que faz o bebê engolir ar em excesso.

Com o tempo, o amadurecimento do trato gastrointestinal, a introdução alimentar e a postura mais ereta reduzem naturalmente os episódios.


Quando o refluxo deixa de ser normal

O refluxo deixa de ser fisiológico quando causa dor, interfere no sono, na alimentação ou no ganho de peso do bebê.

Nesses casos, pode se tratar de doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), que exige avaliação e acompanhamento pediátrico.

A diferença está na intensidade, frequência e impacto dos sintomas na rotina da criança — por isso, observar o comportamento do bebê é fundamental.


Sinais que indicam a necessidade de avaliação médica

Procure o pediatra se notar:

  • Vômitos em jato ou com coloração esverdeada;

  • Presença de sangue no vômito;

  • Dificuldade ou perda de peso;

  • Choro intenso e irritabilidade após as mamadas;

  • Recusa alimentar ou mamadas muito curtas;

  • Tosse persistente, chiado, engasgos ou sono agitado;

  • Infecções respiratórias repetidas ou suspeita de aspiração.

Percebeu algum desses sinais? Agende uma consulta no Eludicar Centro Materno-Infantil e receba uma avaliação personalizada com nossos pediatras.


Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico começa com uma anamnese detalhada, analisando a rotina de mamadas, o padrão de choro e o ganho de peso.

Na maioria das vezes, a observação clínica e o exame físico já são suficientes para diferenciar o refluxo fisiológico da DRGE.

Em casos específicos, o pediatra pode solicitar exames complementares, como ultrassonografia abdominal, radiografia contrastada, pHmetria ou endoscopia digestiva alta, sempre de forma criteriosa e individualizada.


O que fazer em casa para aliviar os sintomas

Algumas medidas simples e seguras ajudam a reduzir o desconforto:

  • Coloque o bebê para arrotar após cada mamada;

  • Mantenha-o em posição ereta por 15 a 20 minutos depois de mamar;

  • Evite deitar o bebê imediatamente após a alimentação;

  • Ofereça mamadas menores e mais frequentes;

  • Verifique a pega correta durante a amamentação e use bicos adequados na mamadeira;

  • Prefira roupas confortáveis, sem apertar a barriguinha;

  • Evite trocas de fralda ou movimentos bruscos logo após a mamada.

Essas estratégias aliviam o refluxo fisiológico, mas não substituem a avaliação médica em casos persistentes ou com sinais de gravidade.


Melhores posições para reduzir o refluxo

  • Após a mamada: segure o bebê no colo, levemente inclinado, com a cabeça mais alta que o tronco;

  • Tummy time supervisionado: posicione o bebê de bruços e acordado, por curtos períodos, para fortalecer a musculatura e aliviar o desconforto;

  • Sono seguro: sempre de barriga para cima, em superfície firme e sem objetos soltos, conforme as diretrizes da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Evite travesseiros, ninhos, almofadas ou elevações improvisadas, pois não previnem o refluxo e aumentam o risco de sufocamento.


Quando o refluxo melhora

O pico do refluxo fisiológico costuma ocorrer entre o 2º e o 4º mês de vida. Com o amadurecimento do esfíncter esofágico, o bebê passa a sentar com apoio e inicia a introdução alimentar (por volta dos 6 meses), o que reduz os episódios.

Na maioria dos casos, o refluxo desaparece até o primeiro ano de vida.


Tratamento do refluxo em bebês

Na maior parte das vezes, não há necessidade de medicamentos. O tratamento baseia-se em orientações posturais, ajustes de rotina e apoio à amamentação.

Em situações específicas — como DRGE, alergia à proteína do leite de vaca ou outras condições associadas —, o pediatra pode indicar fórmulas especiais, tratamento medicamentoso temporário ou, raramente, avaliação cirúrgica.

Cada decisão é individualizada, considerando o bem-estar e o desenvolvimento da criança.


Perguntas frequentes sobre refluxo em bebês

1. Quais sintomas exigem atenção médica?

Procure o pediatra se o bebê apresentar vômitos em jato, sangue ou coloração esverdeada no vômito, choro intenso após as mamadas, recusa alimentar, dificuldade para ganhar peso, tosse persistente, engasgos frequentes ou infecções respiratórias recorrentes. Esses sinais podem indicar doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) e exigem avaliação médica.

2. Como diferenciar refluxo normal e patológico?

O refluxo fisiológico é leve e comum nos primeiros meses. O bebê regurgita pequenas quantidades de leite, mas mantém boa sucção, sono tranquilo e crescimento adequado. O refluxo patológico (DRGE), por outro lado, causa dor, irritação, dificuldade para mamar, perda de peso e pode vir acompanhado de tosse, chiado e alterações no sono. A diferença está na frequência e intensidade dos sintomas, além do impacto no bem-estar da criança.

3. Quais são os tratamentos recomendados?

Na maioria dos casos, não é necessário o uso de medicamentos. O tratamento envolve cuidados simples, como:

  • Manter o bebê em posição ereta após as mamadas;

  • Evitar deitá-lo logo depois de mamar;

  • Oferecer mamadas menores e mais frequentes;

  • Garantir a pega correta na amamentação e o uso de bicos adequados na mamadeira.

Nos casos de DRGE ou alergias associadas, o pediatra pode indicar fórmulas especiais, tratamento medicamentoso temporário ou, raramente, avaliação cirúrgica. Todas as condutas devem ser individualizadas e definidas pelo pediatra responsável.



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