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Diversidade, igualdade e representatividade: como falar sobre racismo com as crianças
18 de novembro de 2022
Diversidade, igualdade e representatividade: como falar sobre racismo com as crianças

O Brasil é um país miscigenado, e, de acordo com dados do IBGE, 54% da população brasileira é negra. Apesar dos números, ainda vivemos em uma sociedade cujo racismo estrutural está muito presente – e essa realidade, infelizmente, destaca-se em vários momentos do nosso cotidiano.


A luta contra o racismo deve ser de todos e começar desde cedo. Ainda na infância, construímos nossa identidade e nosso modo de enxergar o mundo e as pessoas. Essa construção se baseia no que aprendemos em casa, na escola, com os colegas, com os amigos e até com os livros, histórias e filmes a que temos acesso.


Falar sobre o assunto é muito importante, mas muitas vezes se torna um grande desafio para as famílias. Muitos não sabem por onde começar e é necessário se informar a respeito para que o tema seja abordado da melhor forma.


Com este texto do Eludicar, queremos apoiar os pais e os cuidadores, trazendo orientações, dicas e recomendações para que o racismo seja debatido ainda na infância e para que possamos, juntos, lutar por uma geração mais igualitária e diversa.


Quando o racismo deve ser falado com as crianças?

 Na infância, os pequenos são capazes de identificar diferenças no modo como as pessoas são tratadas em razão de sua cor. Ademais, desenvolvemos nossa capacidade de acreditar que somos relevantes e importantes para a construção de um mundo melhor.


Também é nesse momento, no entanto, que crianças vítimas de racismo têm sua autoestima abalada e podem ser gravemente afetadas por estereótipos e por outros diversos problemas associados, inclusive o bullying.


Como perceber os sinais de que seu filho está sofrendo bullying na escola?


Por isso a grande importância de falar sobre o racismo ainda durante a infância. Não há uma regra sobre quando isso deve ocorrer. Quanto mais cedo, melhor. Cada família pode identificar em que momento e como introduzir esse tema. O primeiro passo é buscar informação.


Reunimos algumas recomendações importantes pra você. Continue lendo.


Conte com a ajuda de livros

Como observamos acima, informar-se é o melhor caminho para que o racismo seja introduzido nas conversas com as crianças. Antes de explicar para os pequenos o que a palavra significa e qual é o seu impacto na sociedade, precisamos entendê-lo melhor.


Isso é ainda mais relevante para famílias não negras. Além de aprender a trabalhar a empatia, vale  se aprofundar no assunto, conhecer as desigualdades existentes em nossa sociedade e ler mais sobre diversidade. Reconhecer privilégios também é uma etapa fundamental.


O racismo e as formas de combatê-lo são temas frequentes em nosso dia a dia por meio de diversos veículos. Afora isso, são inúmeros os livros que podem ser introduzidos e lidos com os pequenos – assim como diversas publicações que orientam os pais e os educadores, a fim de possibilitar que o tema seja tratado em casa e nas salas de aula.


Recomendamos que acesse dois artigos a respeito publicados pelo site Lunetas:



A importância de excluir expressões racistas do vocabulário

Vivemos em uma sociedade cujo racismo é estrutural e está enraizado. Não é incomum encontrar pessoas – muitas vezes até crianças – usando expressões consideradas racistas.


A linguagem tem um papel fundamental na construção da identidade e no desenvolvimento infantil. Por isso, é extremamente relevante orientar as crianças sobre o uso de palavras e expressões que reforçam o racismo.


A Secretaria de Estado de Direitos Humanos do Espírito Santo elaborou um post com palavras e termos considerados racistas. Infelizmente, muitas delas ainda estão muito presentes em nossa sociedade. Acesse e informe-se clicando aqui.


Aposte na representatividade

Embora a maior parte da população brasileira seja negra, como citamos na introdução deste texto, encontrar referências de pessoas pretas na televisão, no cinema, na publicidade e em outros locais pode ser uma tarefa difícil.


Você já parou para pensar em como isso pode afetar uma criança? Afinal de contas, crescemos e nos desenvolvemos enquanto nos inspiramos em nossos pais, nas pessoas próximas e em personalidades que fazem parte da nossa vida.


Além de discutir o racismo, cabe a nós apostarmos em livros, desenhos, filmes, brinquedos e outros formatos que celebrem a potência da cultura afro-brasileira. Acreditamos na importância de apresentar aos nossos filhos o mundo como ele é: diverso.


A representatividade é apenas mais um passo na luta contra o racismo e a favor da igualdade e da diversidade.


Lei obriga o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana nas escolas

Vale ressaltar que devemos fazer com que o racismo seja um assunto presente na vida das crianças. Ele deve ser discutido não somente em casa pela família, como também  na escola. E não se trata simplesmente de uma necessidade, mas de cumprir a  Lei nº 10.639/03.


Sancionada em 9 de janeiro de 2003, essa lei obriga o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana em todas as escolas – sejam públicas, sejam particulares – do Ensino Fundamental até o Ensino Médio.

A lei, que completa 20 anos em 2023, estabelece que o conteúdo programático deverá incluir “o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil”.


Devemos  estar atentos ao cotidiano das crianças na escola, conversar com os pequenos sobre os temas abordados em sala de aula e, sempre que possível, manter contato com os educadores.


O diálogo e a verdade

O diálogo é o melhor caminho para que a luta contra o racismo seja fortalecida e que possamos construir um mundo mais diverso, igualitário e em que todos tenham direitos iguais.


As crianças são muito curiosas e costumam, naturalmente, fazer muitas perguntas sobre o mundo. Muitas vezes somos pegos de surpresa, mas acreditamos na importância de falar sempre a verdade, com honestidade.


Diálogo, representatividade, diversidade e igualdade são apenas algumas das palavras-chave na busca por uma sociedade mais justa e igual para todos.


Por Eludivila Especialização Pediátrica 13 de junho de 2025
O momento do nascimento é intenso, tanto para o bebê quanto para a família. Depois de meses esperando, o primeiro encontro entre pais e filho acontece com muitas emoções envolvidas — e é exatamente aí que o Contato Pele a Pele ganha um valor imenso. Colocar o bebê diretamente no colo da mãe ou do pai, ainda com o corpo nu e envolvido por um pano leve, é um gesto simples, mas profundamente significativo. É um cuidado que fala com o corpo, o afeto e a biologia. A seguir, saiba mais sobre os benefícios desse primeiro contato! O que acontece no corpo do bebê durante o contato pele a pele? Para o recém-nascido , tudo é novidade: a luz, os sons, a temperatura, a gravidade. Depois de um período seguro e constante no útero, ele é lançado a um ambiente cheio de estímulos. Estar em contato direto com a pele da mãe ou do pai ajuda a suavizar essa transição, oferecendo um lugar de acolhimento que remete à segurança do ambiente intrauterino . Esse contato imediato traz benefícios reais para o bebê, como: Regula a temperatura corporal, ajudando a manter o corpo aquecido naturalmente. Estabiliza os batimentos cardíacos e a respiração, promovendo adaptação mais tranquila fora do útero. Reduz o choro, já que o bebê se sente seguro ao reconhecer o cheiro, a voz e o calor dos pais. Estimula o aleitamento materno, pois favorece o reflexo de sucção e a produção de ocitocina, hormônio ligado à amamentação. Contribui para a imunidade, ao permitir o contato com a microbiota da pele da mãe, fortalecendo as defesas naturais. O impacto do contato pele a pele após o nascimento na construção do vínculo Mais do que uma ação fisiológica, o “Contato Pele a Pele“ após o nascimento é um gesto de vínculo. Ele marca o início da relação de confiança entre o bebê e os cuidadores. A criança aprende, desde os primeiros minutos de vida, que está protegida, amada e acompanhada. Para a mãe, esse momento também é especial. O contato direto libera ocitocina, conhecida como o “hormônio do amor”, que promove relaxamento, conexão afetiva e até ajuda na contração do útero no pós-parto . Além disso, esse contato pode reduzir o risco de depressão pós-parto ao reforçar esse elo afetivo. Vale lembrar que isso não é algo a ser forçado ou imposto . Se a mãe, por algum motivo, recusar tal contato, é preciso ter uma abordagem delicada, acolhedora e respeitosa, valorizando e cuidando do emocional da mulher. O pai, quando também participa do contato pele a pele, fortalece seu papel no cuidado desde o início. Isso é especialmente importante em situações em que a mãe não pode ter esse momento logo após o parto, como em cesáreas com complicações ou internações breves do bebê. A presença e o toque do pai também acolhem, aquecem e acalmam. Quando e como fazer o contato pele a pele? A recomendação é que o contato pele a pele aconteça o mais precocemente possível, idealmente nos primeiros minutos após o nascimento , e que seja mantido por pelo menos uma hora, sempre que as condições clínicas da mãe e do bebê permitirem. Não é preciso nada sofisticado: O bebê é colocado nu, com touca e fralda, diretamente sobre o peito nu da mãe ou do pai. Ambos são cobertos por um pano leve ou manta, garantindo conforto térmico. O ambiente deve ser calmo, sem pressa e com apoio da equipe de saúde. Esse momento também não precisa ser único. O contato pele a pele pode — e deve — continuar nos dias e semanas seguintes, sempre que possível, especialmente durante o aleitamento, no colo e nas sonecas no peito dos pais. Agora você conhece os benefícios e como funciona o contato pele a pele após o nascimento! Se você tem qualquer dúvida sobre gravidez, obstetrícia ou puericultura, não deixe de agendar uma consulta. Estamos aqui para apoiar a saúde de mãe e bebê! Eludicar Centro Materno-Infantil R. Prof. Carlos Réis, 138 - Pinheiros, São Paulo - SP, 05424-020 Telefones: (11)94059-5698 (11) 3294-1820 Responsável técnico: Dr. Isabela M. Forni CRM: 163243
Por Eludivila Especialização Pediátrica 9 de junho de 2025
Nenhum pai ou mãe está completamente preparado para ver seu filho passando por uma situação de emergência. Mesmo em episódios simples, como uma queda ou febre alta repentina, é comum que a ansiedade tome conta e gere dúvidas sobre Primeiros Socorros necessários e o que mais deve ser feito. Saber alguns cuidados básicos pode fazer a diferença nesses momentos. Isso não substitui o atendimento médico, mas dá aos pais recursos para agir com mais segurança até que o cuidado profissional seja possível. A seguir, confira algumas recomendações de primeiros socorros básicos para pais! Como manter a calma e agir de forma segura em situações de emergência Respirar fundo e manter a calma é o primeiro passo. Entendemos que não é fácil, principalmente quando se trata do nosso filho. Mas lembrar que você já tem informações básicas e pode ajudar com atitudes simples pode trazer confiança. Algumas orientações gerais que fazem parte de “Primeiros Socorros” para diferentes tipos de situação incluem: Nunca sacuda a criança ou tente forçá-la a reagir se estiver desacordada. Evite dar medicamentos sem orientação médica, principalmente em caso de suspeita de intoxicação. Tenha sempre em casa um termômetro digital, soro fisiológico, gaze estéril, curativos adesivos, antitérmico orientado pelo pediatra e uma lista de contatos de emergência. Se a situação for grave ou gerar dúvidas, procure imediatamente atendimento médico ou ligue para o SAMU (192). O que fazer em casos de febre alta A febre é uma das queixas mais comuns na infância. Embora nem sempre indique algo grave, é importante saber como observar e agir. São algumas medidas iniciais: Ofereça líquidos com frequência para evitar desidratação. Vista a criança com roupas leves. Mantenha o ambiente ventilado, mas sem exposição direta a vento frio. Use antitérmico somente com orientação do pediatra . Nunca utilize banhos frios ou compressas com álcool. Se a febre vier acompanhada de apatia, dificuldade para respirar, manchas no corpo ou convulsão, é preciso buscar atendimento médico com urgência . Engasgos: como prevenir e como agir Um dos maiores medos dos pais é o engasgo , especialmente em bebês que estão iniciando a introdução alimentar. A prevenção começa com supervisão constante e oferta de alimentos seguros. Se o bebê engasgar e estiver tossindo, incentive-o a tossir. Isso mostra que ele ainda está conseguindo respirar e tentar eliminar o objeto. Se houver silêncio repentino, coloração roxa ou ausência de respiração, é necessário agir rápido com a manobra de desengasgo . Em bebês menores de 1 ano: Coloque o bebê de bruços sobre seu antebraço, com a cabeça mais baixa que o corpo. Dê até cinco tapas ou compressões firmes nas costas, entre as escápulas. Se não funcionar, vire o bebê de frente e faça compressões no peito com dois dedos. Em crianças maiores de 1 ano: Utilize a manobra de Heimlich: posicione-se atrás da criança, envolva com os braços e pressione a parte superior do abdômen com movimentos rápidos para dentro e para cima. Quedas e batidas na cabeça: quando se preocupar Quedas são parte da infância, mas algumas situações pedem mais atenção. Se a criança bater a cabeça e apresentar sintomas como vômito, sonolência, alteração no comportamento ou dificuldade para se movimentar, é necessário buscar avaliação médica imediatamente . Na maioria dos casos, o mais indicado é: Evitar medicações sem recomendação. Não deixar a criança dormir imediatamente após uma batida na cabeça — espere pelo menos 1 hora, observando seu estado. Procure ajuda médica. Esses são alguns conhecimentos importantes sobre primeiros socorros em situações comuns na infância. Lembre-se que essas medidas não substituem o cuidado médico e, dependendo da situação, pode ser necessária a ajuda de serviços de emergência. Para recomendações personalizadas e mais dicas de primeiros socorros, não deixe de agendar uma consulta. Prevenir é cuidar: venha conversar e se informar! Eludicar Centro Materno-Infantil R. Prof. Carlos Réis, 138 - Pinheiros, São Paulo - SP, 05424-020 Telefones: (11)94059-5698 (11) 3294-1820 Responsável técnico: Dr. Isabela M. Forni CRM: 163243
Por Eludivila Especialização Pediátrica 6 de junho de 2025
A infância é um tempo de descobertas, crescimento e transformações constantes. Em meio a tantas mudanças, é natural que surjam dúvidas sobre o que é esperado em cada fase e como garantir que a criança esteja se desenvolvendo bem. É justamente aí que o Pediatra se torna um parceiro essencial da família. Muito além de tratar doenças, esse profissional acompanha de perto o desenvolvimento infantil, ajudando a identificar avanços, necessidades e também momentos que pedem atenção especial. Entenda a seguir os benefícios do acompanhamento pediátrico regular! Um olhar cuidadoso para além dos sintomas Durante as consultas de rotina, o “ Pediatra ” observa muito mais do que peso, altura ou possíveis sinais de febre. Ele presta atenção na maneira como a criança se movimenta, se comunica, reage ao ambiente e interage com os pais e cuidadores. Esse olhar atento permite identificar se o desenvolvimento está ocorrendo dentro dos marcos esperados para a idade ou se há algum ponto que merece investigação ou estímulo adicional. Essa escuta sensível também se estende à família. Muitas vezes, os pais trazem questões sutis, como “meu filho não gosta de brincar com outras crianças” ou “acho que ele fala pouco para a idade”. O papel do pediatra é acolher essas percepções com cuidado, sem julgamentos, ajudando a compreender o que é variação individual e o que pode indicar a necessidade de apoio. Quais áreas do desenvolvimento podem ser observadas pelo pediatra? O desenvolvimento infantil é um processo amplo que envolve diversas áreas, todas interligadas. O pediatra considera esse conjunto com uma visão integral da criança, observando seu: Desenvolvimento motor: acompanhar se a criança está adquirindo marcos como sustentar a cabeça, sentar, engatinhar, andar e correr no tempo esperado. Desenvolvimento da linguagem: observar se há progressos na comunicação verbal e não verbal, incluindo balbucios, palavras e frases. Desenvolvimento cognitivo: avaliar a capacidade da criança de explorar, resolver problemas simples e demonstrar curiosidade. Desenvolvimento socioemocional: perceber como ela expressa emoções, se relaciona com os outros, cria vínculos e lida com frustrações. Cada consulta é uma oportunidade de observar essas áreas em ação e orientar os pais sobre como estimulá-las com afeto, presença e brincadeiras do dia a dia. Como o pediatra apoia a família na jornada da infância? O pediatra atua como uma referência segura para os pais , especialmente em momentos de incerteza. Ele ajuda a desfazer mitos, evita comparações desnecessárias com outras crianças e oferece informações baseadas em evidências, de forma acolhedora. Alguns exemplos de como esse apoio acontece na prática incluem: Orientar sobre alimentação e sono adequados para cada fase. Sugerir brincadeiras e interações que favoreçam o desenvolvimento. Identificar precocemente sinais de atraso ou alterações comportamentais. Encaminhar para outros profissionais, como fonoaudiólogos, psicólogos ou terapeutas ocupacionais, quando necessário. Acolher emoções dos pais, ajudando a construir uma parentalidade mais consciente e confiante. Esse cuidado conjunto fortalece o vínculo entre o pediatra e a família , criando um espaço seguro onde pais e mães se sentem à vontade para perguntar, compartilhar e aprender sobre seu filho. Como o acompanhamento regular funciona como forma de prevenção? Consultas regulares com o pediatra não servem apenas para “quando algo está errado”. Pelo contrário: elas são essenciais para acompanhar o crescimento e o desenvolvimento de forma preventiva , evitando que pequenos sinais passem despercebidos ou que preocupações se acumulem sem esclarecimento. Além disso, esse acompanhamento contínuo favorece a criação de um vínculo de confiança entre a criança e o profissional de saúde. Quando o cuidado é constante, a criança se sente mais segura no consultório, e o pediatra passa a conhecê-la de forma mais profunda, respeitando seu tempo e suas particularidades. Que tal agendar um horário para trazer seu pequeno? Entre em contato para marcar! Eludicar Centro Materno-Infantil R. Prof. Carlos Réis, 138 - Pinheiros, São Paulo - SP, 05424-020 Telefones: (11)94059-5698 (11) 3294-1820 Responsável técnico: Dr. Isabela M. Forni CRM: 163243

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