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Plano de parto: o que é e como fazer? Dicas e orientações
12 de julho de 2023
Plano de parto: o que é e como fazer? Dicas e orientações

Planejamento: essa é uma das palavras-chave quando o assunto é a gestação. Durante esse período tão especial, a gestante e as pessoas que fazem parte de sua rede de apoio se preocupam com diversos detalhes para a chegada do bebê, e o plano de parto faz parte dessa preparação.


Esse é um documento bastante importante, pois é uma forma da gestante expressar suas vontades com relação ao seu parto e ao nascimento do bebê. Existem, no entanto, muitas perguntas que são frequentes quando o assunto é a elaboração desse registro.


Neste artigo do Eludicar, você vai saber exatamente o que é o plano de parto, quais são os principais objetivos do documento, as informações essenciais, entre outros detalhes importantes e que vão esclarecer suas dúvidas.


O que é o plano de parto?

O plano de parto é um documento elaborado pela gestante antes do nascimento do bebê. Seu propósito principal é deixar claro os desejos da mulher com relação ao parto.


A ideia principal é que essa ferramenta passe por todas as etapas desse processo, incluindo o pré-parto e os primeiros cuidados com o recém-nascido. Por isso, o ideal é que ele contenha todas as informações necessárias sobre o parto e  procedimentos, além de desejos em relação à conduta e assistência de modo geral. Mas também é importante que ele seja razoavelmente sucinto, para garantir que as equipes de admissão e do plantão do hospital farão uma leitura completa.


Caso seja um parto domiciliar planejado, o plano de parto se faz igualmente importante, mas pode ser mais extenso e conter maiores detalhamentos.


Além de abordar questões relacionadas à saúde materno-infantil e aos procedimentos, ele também aborda outros pontos muito importantes, como o ambiente em que o parto vai ser realizado, e os desejos subjetivos da gestante.


É importante que o plano de parto contenha:


  • Os desejos relacionados à preparação do espaço em que o parto vai ocorrer;
  • Métodos de alívio de desconfortos que são preferência da mãe;
  • O desejo de liberdade de posição durante o trabalho de parto;
  • Quem serão os acompanhantes, sejam familiares ou de fórum íntimo da gestante.


De modo geral, esse registro deve conter as expectativas da mulher e da família com relação a esse momento tão especial. Em meio ao parto, a equipe responsável* utiliza o documento para priorizar as escolhas e vontades nele expressas. 


É importante destacar um outro ponto que merece atenção: alguns episódios fora do planejamento podem ocorrer em qualquer parto. Por isso, em determinadas situações, pode ser necessário que a equipe médica adote outras condutas.


Caso haja uma negação prévia em relação a qualquer procedimento médico/clínico ou algum pedido fundamental em relação a decisões médicas, estes podem ser expressos e devem ser cumpridos. 

Nesse sentido, vale ressaltar a importância de escolher um obstetra e uma equipe confiáveis e competentes, além de tirar todas as dúvidas antes do dia do parto.


*Profissionais presentes em todo o processo, antes, durante e depois da chegada do bebê. Trata-se de uma equipe interdisciplinar que pode contar com o obstetra, uma enfermeira obstétrica ou obstetriz, um pediatra e uma doula. Nutricionistas, psicólogos e fisioterapeutas também podem fazer parte dessa equipe durante o acompanhamento da gestação.



Por que é tão importante?

Provavelmente você já entendeu como o plano de parto é importante para esse processo da chegada de um recém-nascido ao mundo, mas vale citar alguns outros pontos.


Esse documento é uma forma de garantir que os profissionais envolvidos no parto conheçam melhor a família e tenham condições de colocar em prática seus desejos e todos os cuidados relacionados ao bebê em suas primeiras horas de vida. Ele passa a ser um instrumento de mediação entre os desejos da gestante e da família e a equipe, desde o pré-natal.


Além disso, o plano de parto é um importante instrumento de segurança e proteção sustentado por alguns princípios da bioética, que são: autonomia, beneficência e justiça. E, como citamos anteriormente, seu processo de construção é em si um método de planejamento importante para o parto e todos os envolvidos.


A frustração pode ser um sentimento comum entre as gestantes quando determinadas coisas não ocorrem da forma como era esperado. Por essa razão, ter uma comunicação embasada, clara e direta com a equipe médica é extremamente valioso.


Preparação: como fazer o plano de parto

Mesmo que os objetivos do plano de parto estejam claros, há uma outra dúvida comum: afinal de contas, como fazer a elaboração desse documento? Existem diversos modelos preexistentes e é possível adotá-los na hora de preparar o seu. 


O mais importante, no entanto, é que a gestante e sua rede de apoio sintam-se livres para expressar todos os seus desejos e expectativas, sem medo de julgamentos e pensando sempre no bem-estar da mãe e do bebê.


É possível, por exemplo, utilizar imagens para ilustrar melhor essas vontades. Em resumo, é possível fazer uma indicação importante: o plano de parto deve contar com as quatro fases relacionadas ao nascer:


  • O trabalho de parto;
  • O parto;
  • O pós-parto imediato;
  • O pós-parto até a alta da mãe e do bebê.





Converse com sua equipe

Agora que você já entendeu para que serve o plano de parto, quais são seus objetivos e como prepará-lo, é necessário destacar a importância de conversar com os profissionais envolvidos no pré-natal.


É comum que a família tenha muitas perguntas relacionadas à chegada do bebê e todo o processo que envolve o parto. Por isso, tire todas as suas dúvidas, sem receios e preocupações, e com toda a tranquilidade possível.


E lembre-se: o pediatra faz parte da sua rede de apoio. O ideal é procurar um profissional de pediatria antes mesmo do nascimento, sendo esse um outro ponto importante e que provoca dúvidas. Saiba mais a respeito neste artigo:


Estou grávida, quando devo procurar um pediatra?



Se você, gestante, está se preparando, também vale a pena se informar lendo e assistindo a filmes e documentários. Este é um momento que pode ser ainda mais especial quando se tem informação a respeito.

Indicamos que faça a leitura deste conteúdo:


5 filmes para assistir antes da chegada do seu bebê


Conteúdo revisado pela doula de parto e pós-parto Isadora Malta.



Ebook Banho do bebê
Por Eludivila Especialização Pediátrica 13 de junho de 2025
O momento do nascimento é intenso, tanto para o bebê quanto para a família. Depois de meses esperando, o primeiro encontro entre pais e filho acontece com muitas emoções envolvidas — e é exatamente aí que o Contato Pele a Pele ganha um valor imenso. Colocar o bebê diretamente no colo da mãe ou do pai, ainda com o corpo nu e envolvido por um pano leve, é um gesto simples, mas profundamente significativo. É um cuidado que fala com o corpo, o afeto e a biologia. A seguir, saiba mais sobre os benefícios desse primeiro contato! O que acontece no corpo do bebê durante o contato pele a pele? Para o recém-nascido , tudo é novidade: a luz, os sons, a temperatura, a gravidade. Depois de um período seguro e constante no útero, ele é lançado a um ambiente cheio de estímulos. Estar em contato direto com a pele da mãe ou do pai ajuda a suavizar essa transição, oferecendo um lugar de acolhimento que remete à segurança do ambiente intrauterino . Esse contato imediato traz benefícios reais para o bebê, como: Regula a temperatura corporal, ajudando a manter o corpo aquecido naturalmente. Estabiliza os batimentos cardíacos e a respiração, promovendo adaptação mais tranquila fora do útero. Reduz o choro, já que o bebê se sente seguro ao reconhecer o cheiro, a voz e o calor dos pais. Estimula o aleitamento materno, pois favorece o reflexo de sucção e a produção de ocitocina, hormônio ligado à amamentação. Contribui para a imunidade, ao permitir o contato com a microbiota da pele da mãe, fortalecendo as defesas naturais. O impacto do contato pele a pele após o nascimento na construção do vínculo Mais do que uma ação fisiológica, o “Contato Pele a Pele“ após o nascimento é um gesto de vínculo. Ele marca o início da relação de confiança entre o bebê e os cuidadores. A criança aprende, desde os primeiros minutos de vida, que está protegida, amada e acompanhada. Para a mãe, esse momento também é especial. O contato direto libera ocitocina, conhecida como o “hormônio do amor”, que promove relaxamento, conexão afetiva e até ajuda na contração do útero no pós-parto . Além disso, esse contato pode reduzir o risco de depressão pós-parto ao reforçar esse elo afetivo. Vale lembrar que isso não é algo a ser forçado ou imposto . Se a mãe, por algum motivo, recusar tal contato, é preciso ter uma abordagem delicada, acolhedora e respeitosa, valorizando e cuidando do emocional da mulher. O pai, quando também participa do contato pele a pele, fortalece seu papel no cuidado desde o início. Isso é especialmente importante em situações em que a mãe não pode ter esse momento logo após o parto, como em cesáreas com complicações ou internações breves do bebê. A presença e o toque do pai também acolhem, aquecem e acalmam. Quando e como fazer o contato pele a pele? A recomendação é que o contato pele a pele aconteça o mais precocemente possível, idealmente nos primeiros minutos após o nascimento , e que seja mantido por pelo menos uma hora, sempre que as condições clínicas da mãe e do bebê permitirem. Não é preciso nada sofisticado: O bebê é colocado nu, com touca e fralda, diretamente sobre o peito nu da mãe ou do pai. Ambos são cobertos por um pano leve ou manta, garantindo conforto térmico. O ambiente deve ser calmo, sem pressa e com apoio da equipe de saúde. Esse momento também não precisa ser único. O contato pele a pele pode — e deve — continuar nos dias e semanas seguintes, sempre que possível, especialmente durante o aleitamento, no colo e nas sonecas no peito dos pais. Agora você conhece os benefícios e como funciona o contato pele a pele após o nascimento! Se você tem qualquer dúvida sobre gravidez, obstetrícia ou puericultura, não deixe de agendar uma consulta. Estamos aqui para apoiar a saúde de mãe e bebê! Eludicar Centro Materno-Infantil R. Prof. Carlos Réis, 138 - Pinheiros, São Paulo - SP, 05424-020 Telefones: (11)94059-5698 (11) 3294-1820 Responsável técnico: Dr. Isabela M. Forni CRM: 163243
Por Eludivila Especialização Pediátrica 9 de junho de 2025
Nenhum pai ou mãe está completamente preparado para ver seu filho passando por uma situação de emergência. Mesmo em episódios simples, como uma queda ou febre alta repentina, é comum que a ansiedade tome conta e gere dúvidas sobre Primeiros Socorros necessários e o que mais deve ser feito. Saber alguns cuidados básicos pode fazer a diferença nesses momentos. Isso não substitui o atendimento médico, mas dá aos pais recursos para agir com mais segurança até que o cuidado profissional seja possível. A seguir, confira algumas recomendações de primeiros socorros básicos para pais! Como manter a calma e agir de forma segura em situações de emergência Respirar fundo e manter a calma é o primeiro passo. Entendemos que não é fácil, principalmente quando se trata do nosso filho. Mas lembrar que você já tem informações básicas e pode ajudar com atitudes simples pode trazer confiança. Algumas orientações gerais que fazem parte de “Primeiros Socorros” para diferentes tipos de situação incluem: Nunca sacuda a criança ou tente forçá-la a reagir se estiver desacordada. Evite dar medicamentos sem orientação médica, principalmente em caso de suspeita de intoxicação. Tenha sempre em casa um termômetro digital, soro fisiológico, gaze estéril, curativos adesivos, antitérmico orientado pelo pediatra e uma lista de contatos de emergência. Se a situação for grave ou gerar dúvidas, procure imediatamente atendimento médico ou ligue para o SAMU (192). O que fazer em casos de febre alta A febre é uma das queixas mais comuns na infância. Embora nem sempre indique algo grave, é importante saber como observar e agir. São algumas medidas iniciais: Ofereça líquidos com frequência para evitar desidratação. Vista a criança com roupas leves. Mantenha o ambiente ventilado, mas sem exposição direta a vento frio. Use antitérmico somente com orientação do pediatra . Nunca utilize banhos frios ou compressas com álcool. Se a febre vier acompanhada de apatia, dificuldade para respirar, manchas no corpo ou convulsão, é preciso buscar atendimento médico com urgência . Engasgos: como prevenir e como agir Um dos maiores medos dos pais é o engasgo , especialmente em bebês que estão iniciando a introdução alimentar. A prevenção começa com supervisão constante e oferta de alimentos seguros. Se o bebê engasgar e estiver tossindo, incentive-o a tossir. Isso mostra que ele ainda está conseguindo respirar e tentar eliminar o objeto. Se houver silêncio repentino, coloração roxa ou ausência de respiração, é necessário agir rápido com a manobra de desengasgo . Em bebês menores de 1 ano: Coloque o bebê de bruços sobre seu antebraço, com a cabeça mais baixa que o corpo. Dê até cinco tapas ou compressões firmes nas costas, entre as escápulas. Se não funcionar, vire o bebê de frente e faça compressões no peito com dois dedos. Em crianças maiores de 1 ano: Utilize a manobra de Heimlich: posicione-se atrás da criança, envolva com os braços e pressione a parte superior do abdômen com movimentos rápidos para dentro e para cima. Quedas e batidas na cabeça: quando se preocupar Quedas são parte da infância, mas algumas situações pedem mais atenção. Se a criança bater a cabeça e apresentar sintomas como vômito, sonolência, alteração no comportamento ou dificuldade para se movimentar, é necessário buscar avaliação médica imediatamente . Na maioria dos casos, o mais indicado é: Evitar medicações sem recomendação. Não deixar a criança dormir imediatamente após uma batida na cabeça — espere pelo menos 1 hora, observando seu estado. Procure ajuda médica. Esses são alguns conhecimentos importantes sobre primeiros socorros em situações comuns na infância. Lembre-se que essas medidas não substituem o cuidado médico e, dependendo da situação, pode ser necessária a ajuda de serviços de emergência. Para recomendações personalizadas e mais dicas de primeiros socorros, não deixe de agendar uma consulta. Prevenir é cuidar: venha conversar e se informar! Eludicar Centro Materno-Infantil R. Prof. Carlos Réis, 138 - Pinheiros, São Paulo - SP, 05424-020 Telefones: (11)94059-5698 (11) 3294-1820 Responsável técnico: Dr. Isabela M. Forni CRM: 163243
Por Eludivila Especialização Pediátrica 6 de junho de 2025
A infância é um tempo de descobertas, crescimento e transformações constantes. Em meio a tantas mudanças, é natural que surjam dúvidas sobre o que é esperado em cada fase e como garantir que a criança esteja se desenvolvendo bem. É justamente aí que o Pediatra se torna um parceiro essencial da família. Muito além de tratar doenças, esse profissional acompanha de perto o desenvolvimento infantil, ajudando a identificar avanços, necessidades e também momentos que pedem atenção especial. Entenda a seguir os benefícios do acompanhamento pediátrico regular! Um olhar cuidadoso para além dos sintomas Durante as consultas de rotina, o “ Pediatra ” observa muito mais do que peso, altura ou possíveis sinais de febre. Ele presta atenção na maneira como a criança se movimenta, se comunica, reage ao ambiente e interage com os pais e cuidadores. Esse olhar atento permite identificar se o desenvolvimento está ocorrendo dentro dos marcos esperados para a idade ou se há algum ponto que merece investigação ou estímulo adicional. Essa escuta sensível também se estende à família. Muitas vezes, os pais trazem questões sutis, como “meu filho não gosta de brincar com outras crianças” ou “acho que ele fala pouco para a idade”. O papel do pediatra é acolher essas percepções com cuidado, sem julgamentos, ajudando a compreender o que é variação individual e o que pode indicar a necessidade de apoio. Quais áreas do desenvolvimento podem ser observadas pelo pediatra? O desenvolvimento infantil é um processo amplo que envolve diversas áreas, todas interligadas. O pediatra considera esse conjunto com uma visão integral da criança, observando seu: Desenvolvimento motor: acompanhar se a criança está adquirindo marcos como sustentar a cabeça, sentar, engatinhar, andar e correr no tempo esperado. Desenvolvimento da linguagem: observar se há progressos na comunicação verbal e não verbal, incluindo balbucios, palavras e frases. Desenvolvimento cognitivo: avaliar a capacidade da criança de explorar, resolver problemas simples e demonstrar curiosidade. Desenvolvimento socioemocional: perceber como ela expressa emoções, se relaciona com os outros, cria vínculos e lida com frustrações. Cada consulta é uma oportunidade de observar essas áreas em ação e orientar os pais sobre como estimulá-las com afeto, presença e brincadeiras do dia a dia. Como o pediatra apoia a família na jornada da infância? O pediatra atua como uma referência segura para os pais , especialmente em momentos de incerteza. Ele ajuda a desfazer mitos, evita comparações desnecessárias com outras crianças e oferece informações baseadas em evidências, de forma acolhedora. Alguns exemplos de como esse apoio acontece na prática incluem: Orientar sobre alimentação e sono adequados para cada fase. Sugerir brincadeiras e interações que favoreçam o desenvolvimento. Identificar precocemente sinais de atraso ou alterações comportamentais. Encaminhar para outros profissionais, como fonoaudiólogos, psicólogos ou terapeutas ocupacionais, quando necessário. Acolher emoções dos pais, ajudando a construir uma parentalidade mais consciente e confiante. Esse cuidado conjunto fortalece o vínculo entre o pediatra e a família , criando um espaço seguro onde pais e mães se sentem à vontade para perguntar, compartilhar e aprender sobre seu filho. Como o acompanhamento regular funciona como forma de prevenção? Consultas regulares com o pediatra não servem apenas para “quando algo está errado”. Pelo contrário: elas são essenciais para acompanhar o crescimento e o desenvolvimento de forma preventiva , evitando que pequenos sinais passem despercebidos ou que preocupações se acumulem sem esclarecimento. Além disso, esse acompanhamento contínuo favorece a criação de um vínculo de confiança entre a criança e o profissional de saúde. Quando o cuidado é constante, a criança se sente mais segura no consultório, e o pediatra passa a conhecê-la de forma mais profunda, respeitando seu tempo e suas particularidades. Que tal agendar um horário para trazer seu pequeno? Entre em contato para marcar! Eludicar Centro Materno-Infantil R. Prof. Carlos Réis, 138 - Pinheiros, São Paulo - SP, 05424-020 Telefones: (11)94059-5698 (11) 3294-1820 Responsável técnico: Dr. Isabela M. Forni CRM: 163243

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